Como a Psicologia ajuda quem quer emagrecer?

O excesso de peso é uma condição bastante complexa, e traz consequências fisiológicas, psicológicas, sociais. Por isso, é considerado uma uma doença multifatorial, ou seja, que envolve muitos fatores, tanto na causa como no tratamento.

Na grande maioria dos casos, o motivo do sobre peso e da obesidade é o comer em excesso. São poucos os casos nos quais a causa é um desequilíbrio fisiológico. E, apenas nos casos de desequilíbrio fisiológico a solução está exclusivamente nos medicamentos. Nos demais casos a solução está na mudança de comportamentos e de emoções e na aquisição de autoconhecimento e de autocontrole.

Emoções negativas como a ansiedade, a tristeza, o tédio, a raiva e o estresse desencadeiam um ciclo vicioso de tensão que se alivia logo depois de comer. Porém a tensão volta ainda mais intensa junto com a culpa por ter comido. Formando um ciclo vicioso. E quem nunca passou por isso?

Esse ciclo vicioso leva ao descontrole emocional e ao ganho de peso desenfreado. E aí entra em cena a vontade de testar os milhões de regimes para emagrecer. Regimes estes que nunca dão certo. No máximo, funcionam por um período curto de tempo. “No fundo” todo mundo sabe que não existe milagre, que a única receita infalível para emagrecer é ingerir menos caloria ou gastar mais.

Infelizmente, ter as informações sobre o que é necessário para emagrecer não é o suficiente. As informações só alcançam a dimensão intelectual, mas o ato de comer envolve muito mais do que isso, envolve muita emoção.

A forma mais eficiente de emagrecer é mudando os hábitos. Ou seja, mudando comportamentos. A mudança do estilo de vida é a garantia da perda de peso e da manutenção do peso desejado. É preciso ter persistência, não mudamos nosso estilo de vida de uma hora para outra e nem sem fazer adaptações importantes. E é aí que a ajuda da psicologia pode ser o diferencial. Principalmente da psicologia comportamental.

E por se tratar de uma questão complexa, não existe uma única “receita”, cada caso deve ser analisado em detalhes. As estratégias de intervenção do psicólogo tem que levar em conta a rotina de cada pessoa para poder adaptar novos e bons hábitos que se encaixem na vida de cada um.

Porém, de modo geral, algumas estratégias podem beneficiar a maioria das pessoas que queiram perder peso. São elas:

- Não fazer regimes muito rígidos ou muito restritivos;

- Manter um diário e anotar o que comeu, quanto comeu, a situação em que comeu e as emoções sentidas;

- Comer em um local adequado, sem distrações (sem TV por exemplo), comer devagar, mastigar bem os alimentos e servir porções pequenas que possam ser repetidas se ainda houver fome;

- Valorizar cada conquista. Se você perdeu 1 kg e não os 5 que gostaria, não é motivo para tristeza, afinal, cada kg a menos te coloca mais perto do seu objetivo. Lembre-se, estamos falando de um processo longo e cheio de etapas.

- Estabelecer metas realistas. Ninguém perde 5 Kg em uma semana de maneira saudável e que possa ser mantida. Quando se estabelece metas muito altas elas não são cumpridas e comprometem a motivação;

- Pesquisar sobre as melhores escolhas em termos de alimentos. Nem toda fruta tem pouca caloria, por exemplo. Informação nutricional faz toda diferença. Converse com um nutricionista;

- Fazer mais atividades físicas. Aumentar o gasto de energia é fundamental para quem quer emagrecer.

- Peça apoio das pessoas ao seu redor. Tanto o apoio moral como não te oferecer aquele pedaço de bolo de chocolate, irá te ajudar a chegar lá mais rápido e com menos sofrimento;

- Procurar ajuda de um psicólogo para compreender e controlar as emoções que estão te levando a comer para aliviar a tensão.